O começo do TOP 10
Mais comentado pela disputa do Oscar de melhor atriz entre Anne Hathaway
e Kate Winslet, “O Casamento de Rachel” consegue uma posição bem favorável estando entre os dez melhores do TOP 30 e desbancando outros que tiveram mais destaque nas premiações por ai. Inclusive “O Leitor”.
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Filha do diretor Sidney Lumet (Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto), Jenny Lumet estréia muito bem uma história que mantém um ar de simplicidade mas está repleta de significados e nuances escondidos. Jonathan Demme (O Silêncio dos Inocentes) segue o mesmo princípio e nos inclui na festa e nesta família magoada. Não é a toa que o filme todo é rodado em digital e com a câmera na mão e essa filmagem amadora, de festa em casa, é fundamental.
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Por Cecília Barroso
Pegando a primeira edição do TOP30 está é a primeira vez que aparece um documentário e ainda mais tão bem colocado, mas não é por menos. O vencedor do Oscar de melhor documentário ano passado manteve todas as suas notas a cima de 8,0 e cravou o seu lugar.
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“O Equilibrista” trata de um assunto interessante. Philippe Petit é um personagem e tanto. Seus amigos são figuras raras. Annie fala com um entusiasmo visível sobre o tempo vivido ao lado do acrobata. A jornada vivida por todos eles é mesmo cinematográfica – tanto que vários dos momentos do planejamento da ação no World Trade Center foram reencenados, para o documentário, por uma equipe de atores. No final, a obra acaba sendo um belíssimo retrato de como é importante se persistir no sonho e que o trabalho duro e árduo dá seu resultado!
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Por Kamila
Outro caso em que a atuação foi mais comentada do que o filme em si, acontece com “O Lutador”. Protagonizado por Michael Rourke e dirigido por Darren Aronofsky o filme não levou nenhuma estatueta pra casa, mas ao menos ganhou o reconhecimento do público e principalmente o brilhantismo na atuação de seu personagem.
A virtuosidade de “O Lutador” é então muito grande. Filmado por Aronofsky e pela fotógrafa Maryse Alberti com muita crueza e realismo, é concretizado como um estilo semi-documental essencial e importante para o sentimento de honestidade que o filme quer enviar. A trilha de Clint Mansell (que é sempre muito memorável) se contém bastante, mas esconde brilhos repentinos em diversos momentos. Mas o brilho musical do filme fica mesmo com Bruce Springsteen, que colabora para o filme com a belíssima canção-título. Ainda é impensável não lembrar sobre os desempenhos coadjuvantes majestosos de ambas Marisa Tomei (Guerra S.A. – Faturando Alto) e Evan Rachel Wood (Sem Medo de Morrer), que demonstram grande emoção e profundidade para caracterizações muito reais. São, em suma, uma união de fatores importantes e virtuosos que fazem de “O Lutador” o que é: cinema puro, apaixonado e realmente muito forte. Você o termina arrasado, contente, sorridente e mudado, de certa forma, pela experiência cortante de Randy. É um filme que comove, em muitos sentido, e se finaliza de forma tão pura e singela que é impossível não comemorá-lo.
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Por Wallyson Soares
É curioso falar o que houve com Guerra ao Terror aqui no Brasil. Dos DVD’s para as Telonas. Isso já aconteceu? Enfim, mas aqui no TOP 30 o filme não foi menosprezado, assim como não está sendo nas indicações e é a minha torcida no Oscar.
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É uma pena que o longa não teve uma publicidade maior nesse ano aqui no Brasil. Talvez o filme definitivo sobre a Guerra do Terror, é uma obra, no mínimo, tensa e impactante. Desde os minutos iniciais, a diretora Kathryn Bigelow nos confere a tensão do clima de guerra, em uma experiência técnica que foge dos padrões, elevando as cenas em um patamar ainda maior do que o que nos acostumamos. A habilidade com que a diretora filma, utilizando o recurso arriscado da "câmera na mão", é pura técnica. São cortes longos, zooms fechados e bem construídos, sem nunca perder o foco no que realmente importa nesse filme: a complexidade de seus personagens.
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Diego Rodrigues.
Não sei para vocês , mas Frost/Nixon foi uma das coisas que mais me indignou. Não pela sua qualidade que realmente é boa, mas concorrer a melhor filme? Não. Isso não entrava na minha cabeça. Mas, aqui, até agora, é o melhor posicionado dentre os que concorreram junto com ele e o Cinefilando fala o porquê.
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Baseado na peça homonima baseada em fatos reais, muitos diziam (e ainda dizem) que Frost/Nixon poderia ser um fracasso. Por quê? Porque embora Ron Howard dirija bem ele é um diretor limitado, quadrado, que nunca avançou muito em seus longas, nunca tentando desafiar ou ser desafiado. Só que em Frost/Nixon, Howard não só faz a lição de casa como consegue uma proeza: ser denso ao extremo, brincando com os assuntos, jogando sempre...mas isto tudo claro é graças ao roteiro soberbo de Peter Morgan, que ao meu ver tem o roteiro do ano.
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Por Violonista do Cinema.
Uou! Gostei gostei. Claro, eu queria que O Lutador tivesse numa posição melhor, mas só estando no Top 10 já tá bom.
Tambném gostei de ver Frost/ Nixon e
Eu não gosto tanto de Frost/Nixon, é um bom filme, mas listar entre os super melhores do ano é um exagero. Esta é a minha singela opinião.
ABRAÇOS
Particularmente eu tiraria O Lutador e Frost/Nixon dai e colocaria Milk e Valsa com Bashir (principalmente entes), portanto concordam sobre a posição de Frost/Nixon, Brenno.
Ótimo início de top 10!!! Adorei! :-)
Muito bom! Preciso ver mesmo é "O Equilibrista", que até hoje não achei.
Minha ordem de preferência para o resto: O Lutador > O Casamento de Rachel > Frost/Nixon > Guerra ao Terror.