Aviso!



Quando eu disse na postagem anterior que "salvo alguma surpresa" a divulgação do TOP30 começaria ontem, até parece que estava prevendo algum incidente que de fato aconteceu. Tive um problema com minha internet e não sei exatamente quando a terei de volta, portanto o aviso fica para certificar o porquê do atraso da divulgação. Porém, mais tempo para organizar melhor as postagens. Aproveito para dedicar a todos um EXCELENTE 2010, muita SAÚDE, PAZ, AMOR, OBJETIVOS ALCANÇADOS e , claro, MUITOS FILMES.

Bancada TOP30 2009!


Diante de mais um passo rumo a segunda edição do TOP30, o “Cine ao Cubo” apresenta a bancada 2009 com os Blogs que mantiveram atualizando seu espaço a cada lançamento no cinema e em DVD este ano e assim organizando suas cotações através de notas, estrelas e etc. Dessa vez, o número de integrantes é menor do que na vez passada, contando com 7 (sete) integrantes dessa vez, além também de ir atrás de diferentes espaços para uma variação maior nas notas, mesmo que predomine a permanência do “Cine Vita”, do “Cinéfila por Natureza”, “Cinefilando” e do “Cena de Cinema” que contém uma freqüência de atualizações mais precisas. Vejamos então a bancada por completa e os 3 (três) novos integrantes:

  1. "BS Movies" por Diego Soares
  1. "Cena de Cinema" de Cecília Barroso
  1. "Cine Vita" de Wally Soares
  1. "Cinéfila por Natureza" de Kamila
  1. Equipe "Cinefilando"
  1. "Cinemania" por Diego
  1. "Cinephylum" por Daniel Esteves



Assim como na primeira edição, tentei transformar todos os sistemas de cotações em números, assim, as notas não se tornam exatas, ainda que dêem uma base do resultado calculado.

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5 Estrelas - Nota 10

4 Estrelas - Nota 8,0

3 Estrelas - Nota 7,0

2 Estrelas - Nota 5,0

1 Estrela - Nota 3,0

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A exibição do TOP 30 está previsto para a próxima quarta-feira, salvo alguma surpresa. Então, até lá e aguardem surpresas.

2012 (2012)


Serei breve sobre 2012, pois acho que conseguiria escrever sobre ele mesmo sem ter visto o filme.
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Roland Emmerich pode ter dado mais atenção às críticas que recebia com seus trabalhos anteriores sobre a falta de exercício de roteiro que tinha seus filmes e aqui, em “2012”, talvez o diretor até que tentou construir uma narrativa precisa. Que bom que ao menos tentou, mas acabou virando contra ele mesmo, pois só provou que realmente não sabe lidar com outros quesitos técnicos que não seja os efeitos especiais.
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A cada sinopse que leio sobre a teoria dos Maias, eu penso: onde isso? Emmerich não dá a mínima para a teoria que se diz baseada, o pretexto é vazio, o que fortalece a opinião de que não estamos exigindo um filme intelectual e filosófico de um entretenimento, mas ao menos a base para a diversão visual que é dada tem que ser explorada e Roland nem perto disso chega.
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Poderia falar sobre os clichês, mas para que quando a construção dos personagens é a coisa mais patética, dos termos embutidos no roteiro. O engraçado se torna idiota, o desespero cai na pieguisse, o tenso fica neutro. Tudo por não saber medir o que ele quer que atravesse a tela e atinja o espectador através dos personagens.
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Porém, essas emoções controvertidas passadas através das figuras não ficam por conta apenas dos defeitos narrativos, mas também pelas piores atuações já vistas. Lembrou-me o elenco de “Fim dos Tempos” do Shyamalan, mas pelo menos tenho que comigo a artificialidade daquela história, enquanto aqui Roland tenta ser real a todo tempo, o que deixa as atuações ainda piores quando embutidas no pretexto a ser passado.
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Por fim, “2012” é um dos piores do ano (Novidade! E o pior é que faz “Presságio” ser o melhor apocalíptico do ano, meu Deus!) e o menos ruim do Roland Emmerich, principalmente por ser criativo em como aproveitar o ambiente para usar os efeitos, mas se depender do quesito diversão, que era mais provável, o riso fica por conta da ruindade da produção.
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Cotação: ロ+ (Filme ruim)

O Filme antigo do mês.


Vá e Veja ( Id i smotri/ Come and see - 1985)

Retrato através de um jovem sobrevivente bielo-russo da invasão alemã ao seu país, “Vá e Veja” é um filme ao qual você nunca viu nada igual. Demoramos a nos acostumar com todos os paradoxos que a história do filme nos remete, pois ora nos deixa de estômago revirado com algumas cenas desconcertante, que um segundo depois se torna tão terna a ponto de umedecer nossos olhos, não pela cena demonstrar melancolia, mas por se tratar de um cinema tão verdadeiro.

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Com explosões e balas passando tão próximas dos atores (Como o próprio protagonista, Alexei Kravchenco, disse em entrevistas) , o filme , em uma única tomada de bombardeamento aéreo, já descarta uma era de produções cinematográficas envolvendo guerras e suas bombinhas que comparados ao desse filme viram peidos-de-véia (Aquele que joga no chão e faz um barulhinho).

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Não pense que é através disso que o diretor Elem Klimov merece os mais sinceros elogios. Detalhe para a perfeita harmonia de duas ou mais músicas com melodias diferentes em uma única cena, que é fotografada com primor. Além da câmera que remete ao olhar indireto dos personagens ser genial! Obrigando cada um mostrar a realidade emotiva que flora a cada momento, mas sem parecer que o diretor quis ser metalingüístico. Sendo assim, a competência de seus atores é provada de maneira soberba, principalmente o protagonista Alexei que tem uma atuação completamente entregue a figura, fisicamente cada vez mais chocante e a um estado psicológico tão perplexo. O enquadro final de sua revolta à Hitler e ao bendito nazismo, que tirou vidas que ele mesmo acompanhou, é de arrepiar.

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Um clássico. E todo o cinema dentro de um só filme.

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Cotação: ロロロロ+ (Obra-prima)


Não podemos deixar de falar...

Deixo aqui breves comentários avulsos e descompromissados, sobre filmes que "Não podemos deixar de falar", sendo estes sempre sujeitos a ganhar uma página única com alguma resenha. Aproveitei para editar as postagens antigas, para assim não interferir nas atuais. Fiquem livres aos comentários sobre qualquer filme. Valeu!


POSSUÍDOS (Bug, 2007 – DVD)

Para quem esperava um Friedkin horrorosamente visual, caiu da cadeira. Ou melhor, levantou e abandonou a sala de cinema. Assim perdendo a intensidade de um psicodrama que infecta a imaginação dos personagens e dos espectadores. Com Ashley Judd e Michael Shannon concretizando uma das melhores atuações dos últimos anos, principalmente Ashley por nos impressionar com uma personagem emocionalmente fraturada que depois direciona-se a um mundo paranóico, de corpo e alma. Onde não fica muito distante de uma Bette Davis ou uma Hayward , por ir ao extremo de seu interior. Mesmo que Willian Friedkin utilize poucos personagens (porém, o suficiente) e um único ambiente (devidamente por ser baseado em uma peça teatral) o universo artístico aqui utilizado é grande, cru, desesperador e principalmente possui um clima de inquietação que aumenta gradativamente. E enquanto isso nós nos tornamos um observador incognoscível e para quem não entrar nesse universo, será um ser completamente perdido.

"Bug" então se torna um filme sobre uma infestação, embora o que exatamente está sendo infestada é uma verdadeira questão.

Sutil, inconsciente, com um final sublime e metafórico, mas nada deixa de ser assustador.

Cotação: ロロロロ (Filme Ótimo)

Texto de 14/11/2009


A TROCA (The Changeling, 2008 - DVD)

Algumas histórias aparentemente óbvias quando tomam um rumo diferente- independente da intensidade- acabam consolidando um resultado mais satisfatório. Ou não. O que Clint Eastwood credita é que prender o espectador com voltas interessantes, mas sem elementos mirabolantes, pode obter um trabalho notável, sem esforços exacerbados. Ligando a situação de Christine Collins (Angelina Jolie) a outros focos intrigantes da trama (como o menino que confessa os atos que fora obrigado a fazer) , principalmente ao rivalizar a personagem central com os poderes da época , onde Clint proveita para soltar a moral da história.

Dando lembranças de outras eras do cinema e seus ícones femininos, através do enredo e pela ligeireza da condução do mesmo, o espectador é quem faz a química principal com a protagonista e passando a sentir cada emoção que Christine vivencia: da tensão quando ela chega do trabalho a procura do filho até o julgamento final onde nos satisfazemos pela condução dos demais personagens.

Assim, da mesma maneira que temos consciência de que Collins está certa pelo filho errado que lhe foi entregue, ainda fica aquele sentimento de dúvida se realmente ela está certa sobre o que denuncia. Mas, Clint é simples e com simplicidade ainda transmite conteúdo, mesmo que não seja neste trabalho a explosão de seu teor, ainda consegue nos presentear com a Angelina Jolie mais versátil desde... ééé...hããã...hummm...desde quando mesmo?

Cotação: ロロロ (Filme Bom)

Texto de 14/11/2009


AS CONSEQUENCIAS DO AMOR (Le conseguenze dell'amore, 2004 – DVD) – 03/04/2012

Dirigido e roteirizado pelo italiano Paolo Sorrentino (Il Divo), esta produção italiana arrebata uma obra perfeita, com um personagem que nos atrai curiosamente pela sua inexpressividade. O diretor possui uma mão original para com a sua câmera caprichando nos movimentos, focos e enquadramentos. O roteiro é fantástico pela sua precisão e pó colocar na boca de seu protagonista diálogos caprichados, além de uma narrativa surpreendente, com um final épico que entra para os anais do cinema, como um dos melhores finais já vistos.

Cotação: ロロロロロ (Filme Excelente)

Haverá texto? ( ) Sim ( ) Não ( X ) Talvez


TIRANOSSAURO (Tyrannosaur, 2011 – DVD) – 03/04/2012

Não. Não estamos falando de u filme de dinossauros, mas sim de um trabalho impar do diretor estreante Paddy Considine, que trás uma obra massacrante centrada num personagem forte que contem todos os sentimentos dentro de si e os põem para fora sem remedições. Além dele, vê-se uma das melhores atuações femininas dos últimos anos no papel de Hannah, interpretada por Olivia Colman. A história é uma ode a dor, relato doloroso da “solidão sozinha” (Joseph) e da “solidão casada” (Hannah) , mas que possui um momento implacavelmente antológico com um clipe na voz de Damien Dempsey com a bela canção “All Our Cares Away”, que faz chover um tom refrescante em meio a uma aura já carregada de tanto negativismo. Uma obra inesquecível.

Cotação: ロロロロロ (Filme Excelente)

Haverá texto? ( X) Sim ( ) Não ( ) Talvez


JOVENS ADULTOS ( Young Adults, 2011 – 06/04/ 2012 nos cinemas) -03/04/2012

O Diretor Jason Reitman e a roteirista Diablo Cody (Juno) voltam a estabelecer uma química já reconhecida aos nossos olhos, nesta obra “indie”, de humor ácido e explorador das surpresas e reações inesperadas de sua figura principal para nos cativar. Pode-se tranquilamente anexar Charlize Theron a esta química supramencionada, pois sua atuação deixa clara uma intimidade entre atriz e personagem. O filme apresenta alguns problemas quanto a cenas um tanto quanto fora dos eixos, mas consegue trabalhar bem a mensagem que objetivava passar . Volto a confiar em seus futuros trabalhos.

Cotação: ロロロ (Filme Bom)

Haverá texto? ( ) Sim (X ) Não ( ) Talvez

AQUI É O MEU LUGAR ( This Must be the Place, 2011 – DVD) – 03/04/12

Também dirigido por Paolo Sorrentino (As conseqüências do amor), esta produção americana é protagonizada por Sean Penn, perfeito em toda a condução, trabalhando com extrema facilidade num personagem tão atípico, triste, depressivo, que fala mais com os olhos e seu jeito de andar, do que com a própria boca. Aqui o diretor vai trabalhar com um filme completamente diferente de seus anteriores, já que aqui explora a emoção tanto protagonista quanto a do espectador, indo contra a maré fria de suas obras anteriores. O que mantém é sua vontade de tornar todo ângulo perfeito e uma boa desenvoltura com a trilha sonora. Porém, sente-se falta de clímax no roteiro ou de cenas que poderia render mais subjetivamente. Mas, ainda assim Paolo Sorrentino se mantém com suas singularidades, assim como Sean Penn.

Cotação: ロロロ (Filme Bom)

Haverá texto? ( ) Sim ( X ) Não ( ) Talvez

O DESPERTAR (The Awakening, 2011) – 03/04/2012

Terror britânico dirigido por Nick Murphy e protagonizado por Rebecca Hall (O Grande Truque). Dentro dos raros filmes que saem, este consegue momentos eficientes nos suspense e no enigma da história. O melhor do filmes está nos bons quadros, que resulta numa ótima fotografia que explora muito bem o ambiente interno e externo do colégio. Mas, o filme sofre pela ausência de “timing”, de uma subjetividade que algumas vezes não atravessa a tela e não nos atinge. A prioridade na vida dos personagens é interessante, porém faz levar cenas tensas a um terceiro plano que não surte o efeito esperado. Merece respeito, mas não todo elogio.

Cotação: ロロロ (Filme Bom)

Haverá texto? ( ) Sim ( X ) Não ( ) Talvez


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