Uma Chamada Perdida (One missed call - 2008) ³


Não assisti a trilogia, mas vi o original. Os defeitos do filme mais fraco do diretor Takashi Miike ( Imprint) é a precária fotografia, uma pequena ausência de trilha sonora e , talvez, por deixar interrogações depois de finalizado. O remake “Uma chamada perdida” (com esse nome pode-se até dizer que define muitas questões no filme, tecnicamente falando) Não trás absolutamente nada de novo, apenas da uma “americanizada” na obra. O que já era de se esperar.

O estreante Eric Valette achou que, apenas colocando uma boa fotografia, acrescentar mais músicas do que o original e “tentar” esclarecer o roteiro positivamente embaraçoso que Miike usou , já seria uma vitória. Coitado. Visualmente ele conseguiu, mas a exploração forte na trilha sonora é, no mínimo, irritante. Absolutamente tudo ficou dependendo da sonoplastia exagerada. Dispensável. E a narrativa típica americana, onde tudo tem que ser “explicadinho”. Depois falam que é perseguição contra Hollywood , mas...

Os efeitos usados pela direção, além de descartáveis, são forçadíssimos. Não há “efeito” transmitido para o espectador. Vemos tamanho exagero em tentativas frustradas para criar um clima ou assustar em cortes rápidos. O longa não assusta quando tem que assustar , e quando Valette consegue tirarmos da poltrona são quando usa “sustinhos” baratos, usado apenas para não deixar um ínterim vago. Já envolvendo os outros complementos de um filme, o diretor começa a sua carreira de uma maneira péssima. Não soube conduzir o roteiro e, principalmente, encaixar o elenco.

Ao mesmo tempo em que tive compaixão da Shannyn Sossamon (só eu acho ela bem parecida com a Jessica Alba?) fiquei decepcionado pela aceitação dela nesse trabalho. Uma atuação perdida (literalmente) que em nenhum momento existe uma condução boa da atriz , algo que até chegamos a ver em “Regras da atração” (2002). Porém, além do diretor ter parcial culpa nessa decadência de Shannyn , ela fica ainda mais fraca quando encena junto com o co-protagonista , Edward Burns, que tem uma atuação horrível. A química é nula. O ator aparece do nada e serve como um tapa buraco para um roteiro pobre. Juntar um cara ruim para complementar uma narrativa ainda pior? Coragem.

Em “Chakushin ari” (2003) , Miike, mesmo não fazendo um longa que chega a altura dos seus demais trabalhos, nos proporciona uma seqüência extremamente tensa e uma maquiagem podre (num bom sentido) que compensa toda a película. E, para mim, era a maior curiosidade em saber o que fariam com essa parte (a do hospital). Burro eu em ter esperanças. A cena ficou apenas como uma prova de como esse filme é patético. Horrível. Não há transmissão ao observador e possui uma maquiagem forçada. Sem contar como “vibra” clichês no longa. E no final a “bateria” é fraquíssima.

“Imagens do além”, “O Olho do mal”, “Uma chamada perdida” e futuramente “Espelho”. Ufa! Para os fãs do terror , o lançamento desses filmes um atrás do outro é jogo duro (Ainda mais com um “Valette” na mão..rs) . “One missed call” é mais um longa totalmente dispensável. Isso para não dizer “desnecessário”, mais uma vez. Que o americanizaram, “marketearam” e venderam. E, do mesmo jeito que Eric Valette disse “Seu telefone, sua vida”, eu digo que foi, pra mim, “Sua estréia... Sua morte”.



Onde encontrá-lo: Já nos cinemas. E a versão japonesa se encontra em algumas locadoras.

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