Seria trágico, se não fosse... trágico mesmo


                                 ENTRE ABELHAS (2015)


Direção: Ian SBF
Duração: 1h39m
Elenco: Fábio Porchat, Giovanna Lancellotti, Irene Ravache, Marcos Veras


                                                      ロロロ



Um tanto complicado ter alguém conhecido por programas de humor estampando a capa de um filme dramático. Diria trágico. Essa talvez seja a principal característica do surpreendente “Entre Abelhas”, que tem Fábio Porchat como seu protagonista. A intrigante história do rapaz que, com o tempo, vai perdendo a capacidade de ver algumas pessoas, consegue ganhar linhas em um roteiro que se mantém preciso até o final da fita (Salvo algumas cenas que você olha e diz: Que deselegante). O mesmo faz uma análise interessante quanto ao homem e a necessidade indireta do próximo. Dos caminhos frágeis que a solidão apresenta. Ainda assim, o filme acerta em não se permitir filosófico, o que facilmente o faria cair num ralo de pieguices e didatismo barato, como se Paulo Coelho ou Augusto Cury fossem os roteiristas (Rá!). Outro fator muito importante que faz o longa caminhar por trilhos corretos, dentro de um campo repleto de fatores que poderia torná-lo incoerente, é a exploração de um humor muito bem cuidado, fazendo o espectador rir do escrachado e principalmente do trágico. “Entre Abelhas” vale pela eficiência de todos os seus modestos objetivos. 









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