2 de dez. de 2009
09:18
Postado por
Alyson Santos
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Serei breve sobre 2012, pois acho que conseguiria escrever sobre ele mesmo sem ter visto o filme.
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Roland Emmerich pode ter dado mais atenção às críticas que recebia com seus trabalhos anteriores sobre a falta de exercício de roteiro que tinha seus filmes e aqui, em “2012”, talvez o diretor até que tentou construir uma narrativa precisa. Que bom que ao menos tentou, mas acabou virando contra ele mesmo, pois só provou que realmente não sabe lidar com outros quesitos técnicos que não seja os efeitos especiais.
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A cada sinopse que leio sobre a teoria dos Maias, eu penso: onde isso? Emmerich não dá a mínima para a teoria que se diz baseada, o pretexto é vazio, o que fortalece a opinião de que não estamos exigindo um filme intelectual e filosófico de um entretenimento, mas ao menos a base para a diversão visual que é dada tem que ser explorada e Roland nem perto disso chega.
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Poderia falar sobre os clichês, mas para que quando a construção dos personagens é a coisa mais patética, dos termos embutidos no roteiro. O engraçado se torna idiota, o desespero cai na pieguisse, o tenso fica neutro. Tudo por não saber medir o que ele quer que atravesse a tela e atinja o espectador através dos personagens.
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Porém, essas emoções controvertidas passadas através das figuras não ficam por conta apenas dos defeitos narrativos, mas também pelas piores atuações já vistas. Lembrou-me o elenco de “Fim dos Tempos” do Shyamalan, mas pelo menos tenho que comigo a artificialidade daquela história, enquanto aqui Roland tenta ser real a todo tempo, o que deixa as atuações ainda piores quando embutidas no pretexto a ser passado.
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Por fim, “2012” é um dos piores do ano (Novidade! E o pior é que faz “Presságio” ser o melhor apocalíptico do ano, meu Deus!) e o menos ruim do Roland Emmerich, principalmente por ser criativo em como aproveitar o ambiente para usar os efeitos, mas se depender do quesito diversão, que era mais provável, o riso fica por conta da ruindade da produção.
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Cotação: ロ+ (Filme ruim)