O que levo de 2013

Os dez melhor filmes do ano e , como de costume, fujo da responsabilidade das ordens, sem denominar colocações. E também sem menções honrosas, quem quisesse que ficasse entre os dez. 


A Caça , de  Thomas Vinterberg

E as consequências incalculáveis...

Indomável Sonhadora, de Benh Zeitlin
E os valores das nossas raízes...

Marina Abramovic- The Artist is Present, de  Matthew Akers e Jeff Dupre
E o olhar que leva as lágrimas...


César deve Morrer, de Paolo e Vittorio Taviani
E a arte como compreensão vital...

Dentro da Casa, de  François Ozon
E o risco das vontades...

Amor, de Michael Haneke
E a canalhice de Haneke...

Azul é a cor mais quente, de Abdellatif Kechiche
E o sexo de caráter conteudístico, contextualizado e Adele na melhor atuação do ano...

Ferrugem e Osso, de Jacques Audiard
E a humanidade no instinto...

Tabu, de Miguel Gomes
E a melhor fotografia do ano...

A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino
E as pequenas belezas...

"Aquela Cena..."



Na terceira edição do "Aquela cena..." temos o trecho do excelente documentário “Marina Abramovic – O Artista está presente”, um dos poderes da arte no ano de 2013. Sem os rodeios costumeiros de um documentário em relato sobre a vida de um artista, a obra parte da construção da essência Abramovic, extraindo da riqueza de espírito de sua protagonista todos os elementos que atravessarão a tela. O palco para isso é o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) em que apresenta às exposições da carreira de Marina, através das performances de jovens atores, somada a inédita apresentação “The Artist is present” em que milhares de pessoas querem colocar no reflexo de seus olhos a presença de Abramovic. Mais do que isso, levar na alma a força que sua a expressão artística possui. 




A cena é o desmontar da Artista. O momento em que não tem como Marina Abramovic se sustentar como profissional, quando sua história que atingiu o extremo do amor e do sofrimento está representada pela pessoa de Ulay, homem com qual foi casada durante doze anos, viveu dentro de um carro e participou de várias de suas exposições e ainda assim não se viam a quase dez anos. Ele assume o amor que ainda sente por ela, ela assume seu amor pela arte e pelo mundo e como ele fez parte disso. Os papéis na cena se invertem: Marina parece vir de fora e sentar-se diante do Artista em exposição e cair em lágrimas. Porém, tudo volta à realidade com o soltar das mãos e a lembrança de que os laços já haviam sido desatados. Sobra Ulay ainda com as mãos estendidas e Marina com dificuldade para se recompor, para a próxima pessoa.



ロロロロロ

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