TOP 5 do TOP 30

Enfim chegamos a finalização da exposição dos melhores filmes do ano, segundo a rede blogueira. Durante essa semana, pensei que o novo filme dos Coen "Queime depois de ler" , repentinamente faria uma mudança na lista. Fazer fez, mas não dentro dos cinco melhores ainda. Agradeço nessa encerração a todos que acompanharam a exibição, desde o principio. Fico gratos. E vamos aos filmes...

5º O Escafandro e a Borboleta - NOTA: 9,022


No Oscar de 2008 eu queria alguma premiação para "O Escafandro e a Borboleta", principalmente pela direção. Mas, ainda assim, fico feliz pelo reconhecimento merecido que essa película teve. Existem vários fatores no filme a ser comentado, mas no "Pelo lado de fora do cinema" uma única frase já engloba o que filme transmite:

Obrigado Schnabel por essa lição de cinema, mas sobre tudo, obrigado Jean-Do por essa lição de vida

... Por Peterson Cera do "Pelo lado de fora do Cinema".

4º Onde os Fracos não tem vez - NOTA: 9,050

Vencedor do Oscar de 2008, mesmo sendo um filme tecnicamente pouco falho, acho que ainda assim faltou emoção para vencer os três filmes que estão a sua frente. Mas, ao menos nos trouxe o coração a boca por muitas vezes, além de ter feito um personagem maligno e que já é um marco dentro do cinema. Mais informações com o "Cinema Para Todos".

...a trama vai se desenrolando com foco em Llewelyn e Chigurh, em um jogo de gato e rato extremamente empolgante. Os irmãos Coen conseguem deixar o espectador atento. É um dos filmes mais violentos da dupla, se não for o mais, além de ser repleto de tensão. Tanto é que não lembro de ficar tão tenso assistindo algum filme de suspense recente. As atuações do filme são brilhantes, com destaque maior para Javier Bardem, que nos mostra um assassino sem escrúpulos e completamente assustador. Chigurh é o mal em pessoa. Você torce para a pessoa que está sendo perseguida por ele se salvar, pois o cara não tem misericórdia mesmo. Não se engane pelo cabelinho "chanel" usado pelo ator no filme.

... Por Ibertson Medeiros do "Cinema Para Todos".

3º Wall -E - NOTA: 9,227




Ah essa Pixar! Que nos presenteia a cada ano com alguma animação marcante. Desta vez foi "Wall-E" que também se torna um personagem memorável, não só ele, mas sim o filme num todo que é fortíssimo candidato ao próximo Oscar. Não só por ser uma animação simples, mas por muitos outros fatores que foram bem relacionados no "Cine Vita":


Se em “2001 - Uma Odisséia no Espaço” tinhamos uma máquina robotizada que começa aos poucos a pensar por sí própria, porque não podemos ter uma máquina que começa a sentir por sí mesma? Wall•E vem de influências diretras de Chaplin, e nos remete nostálgicamente à um cinema não de diálogos tolos ou ação desenfreada, mas humor sincero e fantástica visual. Ele surge como um ser amável e logo nos primeiros minutos do filme (todos sem diálogos, por sinal), nos vemos aos poucos nos apaixonando pelo robô. E, ao surgir a mistériosa Eva, vemos desencadear um sentimento humano cada vez mais escasso nos humanos: o amor. E é estranho, quase irônico, vermos tal sentimento ser transmitido por uma máquina, que se junta à tristeza de um mundo habitado por lixo e não gente. E tudo aquilo nos enche de prazer e fascinação, assistir adorávelmente e confortávelmente o aflorar de uma clássica história de amor entre duas máquinas em um lugar desolado e aterrorizante. O humor domina, a paixão contageia e cada plano do filme nos toca com uma extrema sensibilidade. Seja a trilha sonora maravilhosa de Thomas Newman, sempre genial, ou o visual simplesmente brilhante em todos os sentidos, detalhista, significativo, vibrante e apaixonante.

... Por Wallyson Soares do "Cine Vita".

2º Batman- O Cavaleiro das Trevas NOTA: 9,408

O filme mais assistido no ano e também pode se tornar o mais visto em todos os tempos! Poderia colocar uma imagem do Batman , mas sabemos que esse trabalho simbolizou ainda mais o personagem "Coringa", mas não é apenas dessa qualidade que esse baita filme usufrui, vamos ver mais o que foi dito no "Blog do Vinícius":


...Restringir as qualidades do trabalho de Nolan ao desempenho memorável de Ledger não é nem de longe suficiente para descrevê-lo como obra revolucionária do gênero como foi apontada. Revertendo muitas regras desse tipo de longa, às vezes se torna difícil enxergar uma produção típica de super-herói em O Cavaleiro das Trevas. Nolan busca a experiência alcançada em longas como Amnésia e faz dessa continuação um filme policial de qualidade inesperada, distante da idéia que funcionaria apenas como um blockbuster de méritos inquestionáveis (uma visão mais próxima daquela observada em Batman Begins e não nessa seqüência). Além disso, não é todo longa de ação que conta com um elenco à altura da excelência em roteiro e direção. Como de costume, Christian Bale está muito competente (apesar daquela voz terrível do herói), mas o destaque pertence ao time de coadjuvantes. Voltando aos seus papéis, Michael Caine, Morgan Freeman e Gary Oldman aproveitaram cada momento em cena (os quais não são muitos), ao passo que Maggie Gyllenhaal oferece um desempenho ao nível de sua personagem – algo não alcançado por Katie Holmes anteriormente.

... Por Vinícius do "Blog do Vinícius".


1º Sangue Negro - NOTA: 9,710


Teria o Oscar sido justo em 2008, caso não existisse "Sangue Negro", penso eu. Com uma vantagem até folgada deste filme sobre o segundo colocado, "There Will Be Blood" é mais uma obra-prima de Paul Thomas Anderson, em fazer um trabalho inspiradíssimo sobre todas as qualidades técnicas necessitadas para fazer este longa. E falando em inspiração, não houve texto mais inspirado do que o postado no "Cine JP", portanto resolvi não escolher apenas algum trecho, mas sim toda a crítica:

Aqui haverá sangue
Aqui haverá ganância
Aqui haverá desprezo
Aqui haverá humilhação
Aqui haverá a perca total
Aqui haverá morte
Aqui haverá abandono
Aqui haverá o ser humano
Aqui haverá petróleo.

Os falsos profetas pregam um deus lendário...
Sim, deus existe para eles, então não são profetas.
Mas já disseram quem é o deus dele...
E acreditem, não é o que eu ou você cremos

Quando vou para sorveteria perto de casa
Sempre escolho os sabores do meu milkshake
Às vezes coloco morango ou chocolate
Mas o que eles tomam não tem um gosto doce

Tem o gosto amargo
Lembrando o plástico e terra
Com cobertura de hipocrisia
E maldade... Muita maldade

...Por João Paulo do "Cine JP".

TOP 30- 10º, 9º , 8º ,7º e 6º Colocados

Desde quando comecei o TOP 30 , percebi o quanto a semana passa rápido! Hoje, apresentaremos metade os dez melhores filmes do ano, segundo a rede blogueira e os demais ficam para semana que vem. Creio eu que conforme vamos chegando ao final da lista, a surpresa fica mais pelos filmes que não entraram, do que os que estão presentes. Ao menos pra mim. Mas, vamos começar a ver as dez melhores colocação.

10º Ensaio sobre Cegueira ( Blindness) NOTA: 8,470

Pela falta de um Cinema , onde estou morando este ano, ainda não tive a oportunidade de vê-lo, mas ainda bem que existe o download. Um dos filmes mais aguardados por muitos cinéfilos e também leitores, conseguiu não decepcionar a maioria das pessoas, sejam as que leram a obra de Meirelles ou não. E, nada mais justo do que pegarmos um trecho de uma crítica onde souberam assimilar perfeitamente o livro do filme, sem comparação forçados e isso foi visto no "Portal Cine":

O filme, assim como o livro, tem uma especial característica: o fato de não haver nome para as pessoas e para o lugar onde vivem. Isso tem como propósito a universalização da história. Porém, o filme e o livro vão muito mais além do que uma história de um mundo de cegos. Ele vem pra questionar se em terra de cego quem tem olho é rei, se realmente vale a pena enxergar no meio de tantos cegos. Vou dizer, na lata, o que mais me agradou na obra que Meirelles fez: foi o simplesmente fato de ter sido uma adaptação que me agradou, diante de tantas decepções que tive nos últimos anos.


...Por Robson Saldanha do “Portal Cine”.


9º O Orfanato (El Orfanato) NOTA: 8,555



O único a entrar no TOP30 duas vezes, em estar dentro da produção de algum filme, foi Guillermo Del toro. E, se tivesse participado de outros filmes este ano, também estaria dentro, com certeza. Aqui, Del Toro produz e Bayona dirigi esse longa que é um alivio dentro os filmes de horror da atualidade, que carecem de qualidade técnicas, mas aqui sobra esses quesítos. Além também de não ser apenas um filme de horror, mas também muito sensível, como foi dito no "Pelo lado de fora do Cinema", onde foi dificil escolher apenas um trecho da crítica:

Com um roteiro preciso sólido como poucos principalmente nesse gênero, alternando momentos de autentico pavor com outros tão ternos onde as lagrimas são inevitáveis.(...)


A interpretação de Belen Rueda é surpreendente, acompanhada de uma trilha musical genial, ambientações inesquecíveis e coadjuvantes da altura de Geraldine Chaplin em um papel feito a medida e no qual esta a parte mais aterradora do filme.(...)


O cine de horror do momento é extremamente ruim, não se leva a serio e é dirigido a um publico adolescente ou adulto sem muita exigência ou apenas fazem remakes de filmes clássicos e os destroçam, já não encontramos filme e como o já citado “The Changeling”, “O Exorcista”, “A Profecia” e é ótimo que recorram a ela e as adaptem com talento aos tempos atuais.

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... Por Peterson Cera do “Pelo lado de fora do Cinema”.


8º Desejo e Reparação (Atonement) NOTA: 8,670



Um dos concorrentes ao Oscar deste ano, em que transborda qualidades técnicas e , durante a contagem, também este na briga pela liderança, mas algumas notas apenas razoáveis o fiz ficar na oitava posição o que não é de um todo ruim. Claro que não. Alguns apenas apreciaram o concreto. A parte técnica. Mas outros sofreram grandes rupturas pela história do mesmo, e nada mais justo do que deixar que o "Cine Vita" mais um vez, testemunhe toda a emoção que o longa transmitiu:
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Não se ve a primeira metade de Desejo e Reparação como um filme qualquer. Desde que o filme começa, nós somos automáticamente mergulhados em uma profunda beleza. Seja o visual glorioso, que conta com uma magnífica fotografia e direção de arte, a edição impecável ou a trilha sonora impressionante de Dario Marionelli. É um sonho, é um delírio, é paraíso no cinema. Não se consegue resistir, não se pode tirar os olhos da tela e só resta apreciar e se apaixonar. E foi isso que eu fiz, me apaixonei por esse romance trágico perfeito, que não só se revela um dos melhores da década, mas cinema poderoso e surpreendente, que vai muito além de sua primeira metade tensa, envolvendo a audiencia em um sonho e entregando um final esmagador que te deixará de queixo caído e com o coração partido. Me digam, quantos filmes conseguem fazer isso hoje em dia?

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...Por Wallyson Soares do “Cine Vita”.


7º Na Natureza Selvagem (Into the wild) NOTA: 8,770


Fiquei surpreso quando li todas as críticas da banca sobre este filme, e vi que a do Tiago Marin do "Cinefilando" tinha uma análise mais 'extra-filme' que apresentava uma visão mais paradoxal sobre a história. Há muito tempo, eu não me identificava tanto com um filme! Eu preservo a minha liberdade desde os meus 14 anos (Moro sem meus pais desde essa idade) e isto fez com que eu me apaixonasse por esse trabalho. Embora eu ache que as viões do Tiago tenham lógica, prefiro ficar com o deleite que o filme me passou, de que o personagem foi atrás da felicidade, nada mais que isso.

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Pessoalmente, Na Natureza Selvagem foi o filme que mais me provocou, emocionou e questionou nessa temporada, e em alguns anos. Aqui falamos de assuntos muito debatidos (liberdade), exaustivamente mostrado no cinema, mas Sean Penn teve uma sensibilidade ímpar de não cair em estereótipos ou maniqueísmos. É um filme onde todos são vítimas e vilões, algo que vocês entenderão no fim do meu texto. (...)

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E agora retomo e encerro. Todos são vítimas e vilões de si mesmos. Uma conclusão triste, de fato pessimista. Eu tento esquecê-la de uma forma geral. Mas aí, voltamos às fugas... E sim, isso é um

a visão muito pessoal minha, tanto da obra quanto da humanidade. Não quero que os outros concordem, mas que apenas reflitam. Talvez tenhamos as chances de mudar isso, e ainda em atos simples.

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... Por Tiago Marin do “Cinefilando”.


6º Juno (Juno) NOTA : 8,954


Costumo dizer que "Juno" foi o representando de todos os públicos no Oscar deste ano. No meio de filmes tão mais agressivos, ainda assim essa obra bem simples conseguiu despertar um cinema verdadeiro e ainda encantar com sua simplicidade. É tudo muito bonitinho, dentro de um assunto tão sério. Vejamos mais detalhes pelo o texto postado no blog "Anfitrião".


Gravidez na adolescência pode não ser o melhor tema para ser tratado numa comédia, mas Juno tira de letra. Escrito pela ex-stripper Diablo Cody, a produção é sobre uma jovem que decide doar seu bebê para um casal que pretende adotá-lo. A premissa não vai muito além disso, mas quem disse que precisa ser uma história repleta de reviravoltas e assuntos político-sociais para ser um bom filme?

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Aliás, o filme ganha pontos justamente pela sua simplicidade. Tanto a indicada ao Oscar, Ellen Page (a única a ganhar um prêmio da Helen Mirren ano passado por sua atuação em Menina Má.Com), quanto todo o elenco, seguiram o que parece ser palavra-chave do filme: “naturalidade”. Todos os personagens podem ser facilmente aquele seu amigo tímido, ou a sua prima excêntrica, ou sua professora tímida. Jennifer Garner, inclusive, merecia ter sido lembrada em alguma premiação.


... Por Marco do "Anfitrião".

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